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Palavras desconexas

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sábado, fevereiro 08, 2003

Vivemos constantemente atrofiados! Somos atrofiados... somos condicionados e temos preconceitos. Temos ódio e amamos ao mesmo tempo. Temos ciúmes e somos egoistas. Temos medo e somos gananciosos. No entanto dizemo-nos conscientes, sabedores da verdade e inteligentes. Se fossemos realmente inteligentes, seriamos capazes de utilizar essa mesma virtude para eliminar todos estes defeitos. Loucos atrofiados é o que nós somos!
Porque é que o medo condiciona toda a nossa vida? Tudo isto é gerado principalmente pelo medo. Medo de sermos rejeitados, de não sermos amados, de perdermos aquilo que amamos (ou pensamos que amamos!), de não sermos felizes! Fazemos tudo o que for preciso para nos defendermos e acabamos por perder tudo. Perdemos a confiança, no outro, em nós próprios, na sociedade... Vivemos fechados no nosso mundo. Não damos, não queremos receber. Não queremos nada, queremos tudo, fugimos de tudo! Enlouquecemos! Estamos subjugados à tristeza da falta de amor. Sem amor não somos nada! Erramos pela vida, à procura de algo que não encontramos, porque não está lá. Não está onde possamos ver. Só o veremos quando encontrarmos a chave do nosso coração. Só um coração aberto pode amar e ser amado verdadeiramente. Aberto aos nossos atrofios, e aos do outro. Aberto às pequenas coisas da vida. Um gesto que nos passa ao lado, uma brisa que não damos conta, a inocência que menosprezamos.
Onde está a chave?